Vestibular UERJ: resumo de “O Menino do Pijama Listrado

Vestibular UERJ: resumo de “O Menino do Pijama Listrado

Vestibular UERJ 23/11/2023
Vestibular UERJ
Livro exigido pelo Vestibular UERJ 2023 para a redação

A prova de Vestibular UERJ Discursiva está chegando e com ela a temida redação. Anualmente, a Universidade Estadual exige a leitura de alguma obra para que o vestibulando utilize as informações lidas no livro e consiga contextualizar com a problemática proposta. Este ano não é exceção, por isso decidimos deixar aqui um resumo de ‘O Menino do Pijama Listrado’, de John Boyne. Boa leitura!

Resumo do livro

Assim como na leitura obrigatória do primeiro exame de qualificação da UERJ (“O meu amigo pintor”) e alguns contos da obra do segundo exame (“Anos de chumbo”), o livro escolhido para a prova discursiva de Redação também apresenta um narrador-personagem que é uma criança. 

A ficção “O menino do pijama listrado”, de John Boyne, retrata, então, sob o ponto de vista de um jovem, no contexto da 2a Guerra Mundial, a amizade improvável entre duas crianças de mundos distintos: Bruno, filho de oficial alemão, e Shmuel, judeu. 

Após a designação de um “trabalho especial” ao pai pelo Fúria – comandante que apresenta verossimilhança com o Führer, Adolf Hitler -, Bruno, o protagonista e narrador – que desconhece qual é o ofício de seu genitor -, muda-se com sua família de Berlim, onde possuía amigos, para Haja-vista, local que diz parecer com uma fazenda, mas que dá vistas para uma cerca que os separa de uma população em que todos se vestem da mesma forma: com pijamas listrados. Desconhecido do narrador, tais pessoas são vítimas de um evento marcado na história da humanidade: a segregação de judeus em campos de concentração e seu genocídio, o Holocausto. 

Bruno, que sempre possuiu um instinto de explorador, um dia decide caminhar pelo novo local onde mora. Em um determinado ponto, avista um menino do outro lado da cerca e os dois conversam. Ao descobrirem que fazem aniversário no mesmo dia, voltam a se encontrar e a estabelecer uma amizade. 

O narrador passa a observar como é o aspecto físico das pessoas que vivem do outro lado da cerca, inclusive de seu novo amigo: sempre magras, com olhos fundos e com aparência triste. Além disso, em sua casa, percebe que Maria, sua empregada e Pavel, o cozinheiro, também são tratados de modo diferente às pessoas da sua família. 

No cerne familiar, cada um dos componentes apresenta uma posição acerca do que ocorre: o pai, com postura fria e por vezes violenta, entende que o que acontece é uma reconstrução da história; a mãe, submissa ao provedor da família, apesar de não concordar com os feitos, não é ouvida pelo marido. Ademais, a irmã mais velha de Bruno, a qual considera um Caso Perdido, Gretel, aos poucos passa a entender e a transmitir a ideia de que os judeus são inimigos e, por isso, devem ser segregados. Já a avó, mãe de Ralf, pai de Bruno, é explícita ao declarar que não concorda com o trabalho que aquele exerce. Figuras como o tenente Kotler, que é temido por Shmuel e trata Pavel com violência, e herr Liszt, o professor de Bruno e Gretel que deprecia livros de aventuras ou arte e privilegia os de história e geografia, são importantes representantes na narrativa de uma ideologia que visa apenas a superioridade de certos homens sobre outros e a legitimação pelos estudos de que os atos aos judeus eram corretos. 

Mais adiante, chega a notícia de que Bruno, a mãe e Gretel voltarão à antiga casa, pois a progenitora, ao conversar com o pai dos filhos, salienta que aquele não é um bom lugar para criar as crianças. Juntos, Bruno e Shmuel lamentam que nunca puderam brincar e este, que relata que o pai havia desaparecido, recebe a notícia da despedida com pesar. Assim, como forma do protagonista sanar sua curiosidade acerca do campo em que o amigo vive e de Shmuel receber ajuda para procurar seu pai, os amigos conseguem com que Bruno entre do outro lado da cerca por uma parte não fixada ao chão e com as vestimentas listradas que o amigo conseguiu adquirir. 

O final do livro apresenta os meninos, que construíram uma grande amizade em meio às violentas polaridades culturais, sendo cercados por soldados junto de outros prisioneiros e obrigados a marchar para uma câmara de gás, fato descoberto pelos pais de Bruno apenas meses depois.

Se você leu até aqui, esperamos que tenha gostado do conteúdo, mas não para por aí: se o seu desejo é melhorar a escrita para redação do Vestibular UERJ, no dia 30/11, teremos uma live muito especial sobre este tema. Inscreva-se!