Bullying na escola: o que é e como combater

Bullying na escola: o que é e como combater

Comportamento 19/10/2023

Para saber mais sobre bullying na escola, leia nosso texto!

No mês de outubro, comemoramos o Dia Mundial de Combate ao Bullying. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), mais de 40% dos estudantes adolescentes já vivenciaram bullying nas escolas

Podemos compreender o bullying como um conjunto de violências que persistem por um certo período de tempo. Assim, esses atos podem ser agressões físicas, verbais e psicológicas, que intimidam e causam danos significativos na autoestima e na saúde mental da vítima.

Separamos as consequências para as vítimas e as quatro formas de combater o bullying na escola. Boa leitura!

O que é bullying?

Primeiramente, é importante entender o que é bullying. 

O bullying é um comportamento repetitivo e intencional de agressão, intimidação ou humilhação que ocorre entre estudantes. Dessa forma, pode assumir várias formas, como verbal (insultos, apelidos pejorativos), física (agressões físicas), social (isolamento, exclusão) e online (cyberbullying). 

Além disso, é importante destacar que o bullying é diferente de conflitos normais entre estudantes, pois envolve um desequilíbrio de poder, com o agressor exercendo controle sobre a vítima.

Somente no final da década de 1970 que a atenção dos especialistas para o bullying foi chamada. Afinal, a agressividade e perseguição intensa de algumas crianças contra as outras era visto como algo comum.

Consequências do bullying na escola

O bullying na escola pode ter impactos profundos na saúde mental, emocional e física das vítimas. Por isso, conheça algumas das consequências mais comuns.

Problemas de saúde mental:

Antes de tudo, as vítimas de bullying frequentemente desenvolvem ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental devido ao estresse contínuo e ao sentimento de isolamento.

Baixo desempenho acadêmico:

O bullying pode afetar o desempenho escolar das vítimas. Afinal, elas podem ter dificuldade em se concentrar nas aulas e se sentirem desmotivadas para frequentar a escola.

Isolamento social: 

As vítimas muitas vezes se isolam dos colegas para evitar o bullying. Isso pode prejudicar seu desenvolvimento social e habilidades de construir relacionamentos.

Problemas de saúde física: 

O estresse prolongado causado pelo bullying pode levar a problemas de saúde física, como dores de cabeça, distúrbios do sono e até mesmo doenças cardiovasculares.

Comportamento de Risco: 

Alguns jovens vítimas de bullying recorrem a comportamentos de risco, como abuso de substâncias, como forma de lidar com o sofrimento emocional.

Como combater o bullying na escola

Agora que entendemos a gravidade do problema, é essencial discutir como combater o bullying nas escolas. Separamos quatro estratégias eficazes!

Educação e conscientização:

 A educação é a chave para prevenir o bullying. Por isso, é preciso investir em programas de conscientização que ensinem estudantes sobre o bullying, suas consequências e como denunciá-lo.

Políticas Anti-Bullying:

 As escolas devem ter políticas claras contra o bullying e implementar procedimentos para denúncias e investigações. Assim, essas políticas devem ser divulgadas amplamente para todos os alunos, professores e pais.

Apoio psicológico: 

As vítimas de bullying precisam de apoio psicológico para lidar com as consequências emocionais. Por isso, escolas podem oferecer serviços de aconselhamento e criar um ambiente onde os alunos se sintam seguros ao relatar casos de bullying.

Envolver a comunidade: 

A prevenção do bullying é responsabilidade de toda a comunidade escolar, incluindo pais, professores e alunos. Assim, a colaboração entre essas partes é essencial para criar um ambiente escolar saudável.

Lei sobre Bullying Escolar

Desde o dia 6 de novembro de 2016, existe a Lei 13.185. Essa lei institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática e é desenvolvida por oito artigos que tornam a luta contra o bullying escolar uma política pública de educação.

Dessa forma, diversas ações focadas na erradicação do bullying foram implementadas, por meio de campanhas publicitárias e, principalmente, capacitando os professores para lidar com casos de bullying. Além disso, incentiva-se uma maior aproximação entre a escola e a família.

Veja a Lei na íntegra

“Art. 2º Caracteriza-se a intimidação sistemática (bullying) quando há violência física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e, ainda:

I – ataques físicos;

II – insultos pessoais;

III – comentários sistemáticos e apelidos pejorativos;

IV – ameaças por quaisquer meios;

V – grafites depreciativos;

VI – expressões preconceituosas;

VII – isolamento social consciente e premeditado;

VIII – pilhérias.

Parágrafo único. Há intimidação sistemática na rede mundial de computadores (cyberbullying), quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.

Art. 3º A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada, conforme as ações praticadas, como:

I – verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;

II – moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;

III – sexual: assediar, induzir e/ou abusar;

IV – social: ignorar, isolar e excluir;

V – psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;

VI – físico: socar, chutar, bater;

VII – material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;

VIII – virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meio de constrangimento psicológico e social.

Art. 4º Constituem objetivos do Programa referido no caput do art. 1º :

I – prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (bullying) em toda a sociedade;

II – capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;

III – implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e informação;

IV – instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores;

V – dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores;

VI – integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e a sociedade, como forma de identificação e conscientização do problema e forma de preveni-lo e combatê-lo;

VII – promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua;

VIII – evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil;

IX – promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática (bullying), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar.”

O bullying na escola é um problema sério com consequências de longo alcance. Porém, através da educação, políticas eficazes, apoio psicológico e colaboração comunitária, é possível prevenir e combater o bullying, oferecendo, assim, um ambiente escolar mais seguro e acolhedor para todos os estudantes. 

Conheça o Transformar – Programa Socioemocional

O Programa Socioemocional do SEI, foi pensado com foco no desenvolvimento de aspectos sociais e emocionais, essenciais para o bem-estar de qualquer pessoa. Assim, o objetivo é formar cidadãos críticos e questionadores, capazes de obter não só o sucesso profissional, mas também, uma melhor qualidade de vida.

A partir disso, durante todo o ano letivo, com encontros mensais, serão trabalhadas 4 competências. São elas:

Autoconhecimento:

Aqui, o aluno aprende a aprender. Incentivamos a colaboração e o saber lidar com as emoções e com a inteligência emocional. 

Empatia:

Nosso aluno aprende a estabelecer boas relações, a escuta ativa e comunicação assertiva. Além disso, incentivamos a colaboração e a solução de conflitos de maneira respeitosa e construtiva.

Decisões responsáveis:

Incentivamos o desenvolvimento da autonomia e protagonismo, além de desenvolver a tolerância, aceitação e inclusão.

Habilidades sociais:

Conversamos sobre meio ambiente e sustentabilidade. Além disso, falamos sobre envolvimento político e corrupção.

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